Quinta de Stº António - Forte de Évora

























Considerada como “Zona Verde Monumental” pelo Plano Director Municipal, a Quinta de Santo António da Piedade integra-se na tipologia das cercas Conventuais. O seu terreno é organizado em patamares, repartindo-se em diversos sub-espaços. Prima assim pela diversidade espacial que possuí, e que deve ser revalorizada. A recriação dos espaços da Quinta teve por base os constituintes básicos da Quinta de recreio: a mata, o horto de recreio, a horta e o pomar.
Sendo este um espaço privado, será conveniente que a proposta se adeqúe às utilizações previstas pelo proprietário, que neste caso é a Igreja. Aqui existirá em breve um lar de terceira idade para os padres. A proposta tem então de encontrar uma harmonia entre funções.
Propõe-se pois que este espaço esteja apto a receber grupos, durante todo o ano, de principalmente jovens. (Durante períodos de tempo a definir segundo cada evento), Ocorreriam diversas actividades: workshops, pequenos seminários, encontros, debates, sobre temas actuais ou com interesse para os jovens, como por exemplo drogas, sexualidade, pressão de pares, assertividade, etc. Assim o principal intuito destes eventos é a aprendizagem e o saber.
A interacção criada entre os jovens e os mais velhos cria uma relação e ao mesmo tempo um antagonismo entre a inexperiência e a experiência, o passado e o futuro, o aprender e o saber. De novo a busca do conhecimento.
Para toda a proposta este princípio foi seguido. Todas as características da Cerca se mantêm, como todos os seus sub-espaços, preservando-se e restaurando-se todos os elementos de água. No entanto o espaço sofre um processo de reabilitação e recriação tomando também um carácter mais contemporâneo.
O tema do conhecimento, aplicado a toda a Quinta, como a um Jardim, origina diferentes espaços, com diferentes vivências e ambiências.

Cinco títulos alusivos ao conhecimento originaram cinco sub-espaços:
- A dúvida (ou escolha)
- A expansão (ou efusão do conhecimento)
- A reflexão
- A consciência (ou confronto)
- A procura


2 comentários:

JC disse...

Gostei das tuas ideias. Parabéns! Moro em Évora, e há muito que espero a revitalização do Forte de Santo António, bem com das suas áreas circundantes. A criação de um grande jardim -lúdico e pedagógico- parece-me uma excelente ideia. Tirando o jardim público não me lembro de existir na cidade outro espaço verde. É triste. Uma cidade precisa de equilibrio entre o desenvolvimento de betão e a natureza. ´

Évora, património mundial da humanidade, merece mais. Falta fazer muito para aquilo que acho que Évora merece. Cidade de excelência, com infraestruturas -hospitais,biblotecas,centros culturais,etc- de excelência. Um planeamento e ordenamento do território coerente com as exigências do desenvolvimento e a história e o seu património.

Gostava de ver Évora uma cidade cosmopolita, que estivesse na agenda nacional e internacional, e não apenas no mapa. Foco cultural e dinamizador do Alentejo.

Uma cidade onde se viva bem, e com melhor qualidade de vida.

Évora património mundial da humanidade há 20 anos merece mais que umas luzes pirosas na muralha, alusivas ao facto. Já para não falar agora das dos natais. Que falta de respeito pelo património, já para não falar do sentido estético. é pop do pior, kitsch. Que elites políticas são estas?

um dos grandes problemas que eu encontro em Évora, é a ausência de uma massa crítica, que seja culta, exigente, e com intervenções sistemáticas no quotidiano da praxis pública em Évora.

Projectos como o teu são bem-vindos.

Os meus parabéns, mais uma vez.

Jaime

Anónimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel